Quando o filme Avatar foi lançado, o frenesi não se dava pelo roteiro, atores ou diretor. O que arrastou milhões de pessoas às salas de cinema foi a tecnologia empregada naquele filme: o 3D. Ela não é nova, mas recebeu boas doses de inovação nos últimos anos a ponto de torná-la uma experiência única para boa parte dos expectadores. Como toda novidade, ela logo teria que desembarcar em nossas casas. Hoje ela está disponível, não é tão desejada. Por que o 3D ainda não pegou na sala de estar?
O interesse na tecnologia é evidente, mas há alguns problemas em sua aplicação que devem ser contornados. O primeiro deles é o preço. Um aparelho de TV 3D custa mais que o dobro dos televisores LCD/Plasma convencionais. Há, ainda, o fato de que boa parte da população adquiriu recentemente novos equipamentos e, portanto, não estaria disposta a investir em algo novo e que dispõe de conteúdo escasso para aproveitar o que esta tecnologia tem a oferecer. Todavia, o principal problema foi apontado por uma pesquisa da Associação para o Marketing de TV a Cabo e Telecomunicações dos Estados Unidos.
Ela foi realizada com 425 pessoas – escolhidas ao acaso – que assistiram a 30 minutos de programação em 3D. O estudo mostrou que 57% dos entrevistados apontaram a necessidade de uso obrigatório de óculos especiais como um grande inconveniente. Para 9 em cada 10 entrevistados o uso dos óculos ainda atrapalharia no desempenho de outras atividades. Portanto, cozinhar, usar o computador e conversar com os amigos enquanto assiste TV seriam atividades incompatíveis.
No Japão – um dos maiores mercados consumidores de novas tecnologias – a situação é mais alarmante: quase 70% dos entrevistados disse não pretender comprar uma TV 3D. O desinteresse dos japoneses tem as mesmas justificativas apresentadas pela pesquisa americana.
Para tentar contornar os problemas apresentados pelas pesquisas, as gigantes do setor – Sony, Samsung e LG – correm para despejar no mercado os primeiros modelos de televisores 3D que dispensem o uso de óculos. Como toda novidade, vai custar muito caro para o consumidor.
Fonte: TechTudo
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